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- Edição 32
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Uma revisão sistemática sobre o diagnóstico de lesões do ligamento deltóide — estamos a perder um padrão uniforme?
PONTOS CHAVE
- A radiografia sob carga continua a ser a abordagem diagnóstica mais utilizada para avaliar lesões do ligamento deltóide, mas existe uma variação substancial nos limiares do espaço livre medial para intervenção cirúrgica.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
O ligamento deltóide estabiliza o tornozelo medial, sendo constituído por camadas profundas e superficiais. Mantém o alinhamento do tálus, impedindo movimentos laterais ou rotacionais excessivos. Apesar do seu papel crítico, existem poucas diretrizes para a avaliação de lesões agudas do ligamento deltóide e a sua gravidade é difícil de quantificar sem recurso à artroscopia invasiva.
A avaliação rigorosa da integridade do ligamento deltóide é crucial, uma vez que lesões graves podem beneficiar de reparação cirúrgica (1). Existem vários testes diagnósticos, mas alguns (como o tap test e o gravity test) são principalmente intraoperatórios e não os mais adequados para a avaliação clínica aguda.
Esta revisão sistemática de Schrempf et al. (2024) examinou as abordagens de diagnóstico atuais e teve como objetivo identificar um método clínico normalizado para avaliar a instabilidade do ligamento deltóide.
Os testes de stress (por exemplo, inclinação do tálus, stress em valgo, rotação externa) confirmam principalmente a instabilidade evidente e não devem ser utilizados para excluir lesões.
MÉTODOS
- Foi realizada uma pesquisa sistemática em bases de dados online (até fevereiro de 2022), literatura cinzenta e listas de referências.