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Achados de ressonância magnética em dor inguinal atlética: correlação da imagiologia com o história clínica e o exame físico em atletas sintomáticos e assintomáticos
PONTOS CHAVE
- Os achados de ressonância magnética (RM) do quadril e da região inguinal são frequentes em atletas do sexo masculino com e sem dor inguinal.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A dor crónica inguinal é comum em atletas envolvidos em desportos com movimentos multidirecionais (1,2). A dor inguinal pode ser debilitante para um atleta, afetando o desempenho, a capacidade de treinar e competir e a sua qualidade de vida (3). O estabelecimento de um diagnóstico correto é um desafio devido à proximidade de estruturas ósseas, musculotendinosas e intra-articulares.
A ressonância magnética (RMN) é frequentemente utilizada no diagnóstico de atletas devido à anatomia complexa da região inguinal e à sua superioridade na avaliação das estruturas dos tecidos moles. Vários estudos forneceram evidências de achados específicos de RM associados à dor crónica inguinal em atletas. No entanto, muitos dos estudos eram pequenos, utilizaram terminologia diferente e não esclareceram a relação entre a patologia detetada na RMN e os achados clínicos (4). Além disso, muitos dos achados de RMN também são evidentes em atletas assintomáticos, o que levanta questões sobre a sua relevância clínica (5). Há uma necessidade crítica de estudos de alta qualidade para compreender a importância dos achados da RM em atletas sintomáticos.
Este estudo procurou avaliar as diferenças na prevalência e na precisão do diagnóstico dos achados da RM pélvica entre atletas assintomáticos e atletas com dor crónica inguinal.
A presença de achados específicos na ressonância magnética num atleta com dor inguinal pode ajudar o clínico a explicar a gravidade dos sintomas e a dificuldade de participar de atividades desportivas.
MÉTODOS
- Este estudo incluiu 34 atletas profissionais de elite sintomáticos e do sexo masculino (idade média de 23,5 anos) com dor não aguda inguinal (início gradual e >3 semanas de duração) e 51 atletas profissionais de elite assintomáticos (idade média de