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- Edição 36
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Reconsideração da seleção de exercícios com EMG: fraca concordância entre a classificação de exercícios para o quadril com EMG dos glúteos e a força muscular
PONTOS CHAVE
- A eletromiografia de superfície (sEMG) é frequentemente considerada um indicador da eficácia do exercício, mas essa ideia tem sido questionada.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A eletromiografia de superfície (sEMG), uma medida da ativação muscular, é frequentemente considerada um indicador indireto da eficácia com que os exercícios ativam os músculos. Por exemplo, duas revisões sistemáticas identificaram um total de 71 estudos que avaliaram a sEMG dos músculos glúteos (1,2). Apesar da popularidade da sEMG, a sua validade como preditor de adaptações musculares tem sido questionada. Uma revisão de 2018 (3) e um comentário publicado em 2022 (4) argumentaram que a sEMG não prevê ganhos de força ou hipertrofia.
Uma medida alternativa da eficácia dos exercícios pode ser a força muscular, que pode ser estimada através de modelação neuromusculoesquelética. O objetivo deste estudo foi comparar a amplitude da sEMG com a força muscular estimada do glúteo máximo e do glúteo médio durante oito exercícios de quadril. Os autores hipotetizaram que a relação entre as duas métricas seria fraca.
Os profissionais de saúde não devem depender exclusivamente da eletromiografia de superfície para selecionar exercícios destinados a ativar os músculos glúteos.
MÉTODOS
Os dados foram analisados a partir de um estudo anterior (5) com 14 futebolistas saudáveis do sexo feminino, com uma idade mediana (intervalo interquartil) de 24,1 (6,5) anos. As participantes realizaram oito exercícios comuns de prevenção e reabilitação de lesões