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Retrocessos na força: o impacto de lesões desportivas juvenis na articulação do joelho sobre a força muscular da coxa. Estudo prospetivo de coorte de 24 meses
PONTOS CHAVE
- Independentemente do tipo de lesão, uma agressão traumática à articulação do joelho resulta em fraqueza tanto na flexão como na extensão do joelho em populações jovens.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Existe uma vasta investigação transversal sobre a força muscular após reconstrução do ligamento cruzado anterior (ACL - Anterior Cruciate Ligament), baseada em dados recolhidos num determinado momento. No entanto, a falta de dados longitudinais limita a compreensão sobre como a força evolui ao longo do tempo ou varia consoante o tipo de lesão. Evidências sugerem que as mulheres apresentam piores resultados clínicos e de regresso ao desporto do que os homens, com uma potencial maior perda de força após lesões no joelho.
Este estudo teve como objetivo colmatar estas lacunas, comparando o pico de torque dos extensores e flexores do joelho entre jovens com lesão e sem lesão ao longo de um período de dois anos, iniciando-se dentro dos quatro meses após a lesão. O estudo também analisou como as diferenças de força evoluíram ao longo do tempo, considerando tanto o tipo de lesão como as variações entre sexos.
O regresso à atividade desportiva não deve ser encarado como o ponto final da reabilitação — o acompanhamento contínuo e o apoio são essenciais, uma vez que os riscos de lesão e de desempenho podem persistir até dois anos após a lesão.
MÉTODOS
- Participantes com idades entre os 11 e os 19 anos foram recrutados entre Dezembro de 2016 e Setembro de 2020, incluindo indivíduos com e sem lesão traumática no joelho. Os selecionados para o grupo de lesão no joelho tinham sofrido