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O uso de linguagem negativa do fisioterapeuta na educação sobre dor lombar afeta as crenças de ansiedade e de doença: um estudo controlado randomizado em pessoas saudáveis
PONTOS CHAVE
- A comunicação negativa relacionada à saúde e lesões influencia o estado de ansiedade e as crenças de doença no destinatário da mensagem.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A comunicação verbal em fisioterapia é uma dimensão importante da relação utente-terapeuta e tem sido apontada como um dos fatores contextuais responsáveis pelo efeito inespecífico do tratamento em fisioterapia (1-4). Esses fatores contextuais (por exemplo, palavras, comportamentos, gráficos, etc.) podem ter um impacto nas crenças do utente sobre a doença. As crenças na doença referem-se às percepções e cognições leigas dos utentes sobre uma condição e suas possíveis ameaças. Tais crenças leigas incluem expectativas e resultados futuros antecipados. Essas expectativas do utente podem ter um papel importante nas alterações da rede molecular e neural subjacentes aos efeitos placebo e nocebo.
Este estudo teve como objetivo determinar o efeito do uso da linguagem negativa dos fisioterapeutas sobre os efeitos nocebo das crenças de estado de ansiedade e de doença. Os autores levantaram a hipótese de que a condição experimental (linguagem e explicações mais “agressivas”) evocaria mais ansiedade e mais crenças negativas sobre a doença em comparação com a condição de controlo.
Uma interação muito limitada entre o utente e o terapeuta pode induzir expectativas negativas sobre lombalgia, mesmo em pessoas sem dor.
MÉTODOS
- Trata-se de um estudo de grupos paralelos, randomizado simples balanceado (1:1), duplo-cego, controlado, conduzido on-line na Holanda.