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- Edição 37
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A imersão em água fria e quente não é mais eficaz do que o placebo na recuperação do desempenho físico e nas adaptações ao treino em jogadores de futebol de nível nacional
PONTOS CHAVE
- A imersão em água fria é frequentemente utilizada na maioria dos ambientes desportivos de elite.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Atletas competitivos e entusiastas do exercício estão constantemente à procura de estratégias para otimizar a sua recuperação e melhorar a restauração do desempenho físico. As modalidades térmicas são algumas das estratégias mais populares e fáceis de implementar. A imersão em água fria (CWI - Cold-water immersion) tem registado um aumento significativo nos últimos anos (1). Os banhos frios estão agora a ser promovidos e vendidos ao público em geral como parte de uma tendência crescente de bem-estar. Apesar das evidências contraditórias sobre a eficácia da CWI, a cultura dos banhos frios continua presente em muitos balneários, com os seus adeptos a defenderem a prática com base nas suas experiências e preferências pessoais (2).
Os autores deste artigo procuraram comparar o efeito da imersão em água fria após o exercício (CWI), da imersão em água quente (HWI - hot water immersion) e de um placebo com laser simulado na recuperação do desempenho físico em jogadores de futebol jovens de nível nacional. O objetivo secundário foi investigar o efeito da utilização repetida dessas modalidades nas adaptações ao treino ao longo de um período de 15 semanas.
Para os atletas que apreciam a imersão em água fria, é provável que o viés de expetativa e o efeito placebo desempenhem um papel na perceção dos benefícios.
MÉTODOS
- Os autores recrutaram 43 jogadores de futebol adolescentes do sexo masculino (idades entre 16 e 19 anos), que competiam a nível nacional na Suécia, com uma carga média de aproximadamente cinco treinos e um jogo por semana.