- A minha Biblioteca
- 2025 Edições
- Edição 39
- Estrutura de hipóteses centrada na pessoa:…
Estrutura de hipóteses centrada na pessoa: avanço no raciocínio clínico na gestão da dor musculoesquelética
PONTOS CHAVE
- Os modelos biopsicossociais e baseados em mecanismos não abordam adequadamente as complexidades das apresentações clínicas dos pacientes.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Os autores distinguem entre cuidado centrado no paciente e cuidado centrado na pessoa. O cuidado centrado no paciente é definido como focado no objetivo de devolver ao paciente uma vida funcional, enquanto o cuidado centrado na pessoa (PCC, em inglês Person Centered Care) foca-se em devolver à pessoa uma vida com significado (1). Este artigo é apresentado como uma “masterclass” que propõe uma estrutura hipotético-dedutiva que combina o modelo biopsicossocial (BPS) e os modelos baseados em mecanismos, com ênfase no raciocínio clínico fundamentado no PCC.
Os autores destacam que muitos clínicos continuam a focar-se em diagnósticos baseados em tecidos específicos, apesar da crescente adoção do modelo BPS (2). Superar os desafios de afastar-se dos modelos baseados em tecidos requer prática reflexiva no raciocínio clínico — uma adaptação dinâmica e em tempo real durante a consulta, referida neste artigo como “em ação”.
Os autores propõem a hipótese centrada na pessoa (PCH, em inglês Person Centered Hypothesis) como uma estrutura pragmática que permite ao clínico identificar, em tempo real, os múltiplos componentes relevantes do quadro clínico de uma pessoa para além do diagnóstico biomédico.
Os autores deste artigo propõem uma abordagem mais sistemática e aprofundada baseada em quatro etapas para abordar os componentes relevantes da apresentação clínica.
HIPÓTESE CENTRADA NA PESSOA (PCH)
A PCH contém quatro etapas, descritas abaixo: