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Eficácia da redução da compressão tendinosa na reabilitação da tendinopatia insercional do tendão de Aquiles: ensaio clínico randomizado
PONTOS CHAVE
- A tendinopatia insercional do tendão de Aquiles (IAT - Insertional Achilles tendinopathy) frequentemente responde mal ao tratamento tradicional com exercícios excêntricos, que são mais eficazes para a tendinopatia da porção média do tendão de Aquiles.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A tendinopatia insercional do tendão de Aquiles (IAT) é uma condição prevalente e desafiante, especialmente entre indivíduos ativos. A tendinopatia do tendão de Aquiles afeta cerca de 6% da população geral, com os pacientes frequentemente a experienciar dor, rigidez e limitações funcionais, afetando as atividades diárias e o desempenho atlético (2).
Apesar dos vários tratamentos não cirúrgicos disponíveis, ainda não existe consenso sobre a abordagem mais eficaz. Evidências recentes sugerem que a compressão do tendão pode desempenhar um papel importante na patogénese da IAT, o que tem levado à investigação de protocolos de reabilitação que modulam as cargas compressivas (1). O tratamento conservador, incluindo exercícios excêntricos e terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT- extracorporeal shockwave therapy), tem sido a base do tratamento (1). No entanto, os resultados são variados e alguns pacientes não atingem um alívio satisfatório (1).
As intervenções que limitam a dorsiflexão, evitam o alongamento e incorporam elevações do calcanhar têm como objetivo diminuir a compressão do tendão (3). Apesar do suporte teórico, há uma escassez de ensaios clínicos randomizados de alta qualidade que comparem estratégias de reabilitação com baixa compressão e alta compressão para a IAT.
O estudo teve como objetivo colmatar esta lacuna através da realização de um ensaio clínico randomizado que comparou a reabilitação com baixa compressão do tendão (LTCR) com a reabilitação com alta compressão do tendão (HTCR- high tendon compression rehabilitation) ao longo de um período de 24 semanas em adultos ativos com IAT crónica.
Estes resultados reforçam a necessidade de personalizar os programas de reabilitação conforme as características específicas da patologia subjacente.
MÉTODOS
- Este ensaio clínico controlado, randomizado em blocos e com investigador cego, avaliou a reabilitação com LTCR versus HTCR em 42 adultos ativos (18-60 anos) com IAT crónica do tendão de Aquiles.