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Ultrassonografia como preditor do tempo de ausência por lesão no tendão patelar, tendão de Aquiles e fáscia plantar em atletas universitários da 1.ª Divisão
PONTOS CHAVE
- As alterações sonográficas no tendão de Aquiles, tendão patelar e fáscia plantar estão associadas de forma independente a um risco aumentado de ausência por lesão.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
A tendinopatia patelar, a tendinopatia do tendão de Aquiles e a fascite plantar são condições comuns que podem afetar negativamente o desempenho e até limitar a participação. Estes três padrões de lesão na extremidade inferior são considerados consequência de uma combinação de sobreuso repetido, aumento da carga nos tecidos e processos de recuperação comprometidos (1). Investigações anteriores sobre fatores de risco confirmam que lesões prévias são o fator preditivo mais óbvio e comum para futuras lesões (2).
A ultrassonografia (US) em tempo real está a emergir como uma ferramenta de diagnóstico económica e acessível, validada em comparação com ressonâncias magnéticas (RM) e com potencial de utilização em grupos grandes de atletas (3). A US está a ser cada vez mais usada para diagnosticar tendinopatias e fascite plantar com resultados encorajadores (4,5). Os autores deste artigo procuraram determinar se uma avaliação ultrassonográfica pré-época do tendão patelar, tendão de Aquiles e fáscia plantar pode estar associada a futuras lesões que provoquem tempo de ausência.
O valor preditivo negativo da ultrassonografia diagnóstica revelou-se extremamente elevado, no entanto, o valor preditivo positivo foi relativamente baixo, indicando que a maioria dos atletas com anomalias não desenvolveu lesão posteriormente.
MÉTODOS
- Foram recrutados 677 atletas da 1ª Divisão (39% do sexo masculino) durante o exame físico pré-participação ao longo de um período de 3 anos, começando em 2021.