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- Edição 35
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Arquitetura e morfologia dos músculos isquiotibiais após 6 semanas de intervenção com levantamento terra romeno com ênfase excêntrica ou exercício nórdico para os isquiotibiais
PONTOS CHAVE
- O levantamento terra romeno (Deadlift Romeno) é um exercício que pode provocar as mesmas alterações arquitetónicas desejáveis na musculatura dos isquiotibiais que o exercício nórdico para isquiotibiais.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Está bem documentado que as lesões nos isquiotibiais representam um grande problema tanto para os atletas como para as equipas médicas que trabalham com eles. Uma das formas de abordar esta lesão problemática é o exercício nórdico para isquiotibiais, que é amplamente estudado e reconhecido por influenciar positivamente dois fatores de risco modificáveis para lesões nos isquiotibiais.
O exercício aumenta tanto o comprimento das fibras musculares (fascículos) como diminui o ângulo de penação na cabeça longa do bíceps femoral (BFlh - Biceps Femoris Long Head), o que tem demonstrado reduzir substancialmente o risco de lesão na parte posterior da coxa (1).
Apesar desta ligação bem conhecida entre a capacidade de atuar sobre os fatores de risco, existe alguma apreensão na administração deste exercício, tanto por parte dos atletas, que associam o exercício a elevados níveis de dor muscular de início tardio (2), como por parte dos profissionais, que não consideram apropriado prescrever um exercício com posição neutra do quadril para um músculo biarticular.
O principal objetivo deste artigo foi compreender as diferenças na arquitetura e morfologia regional da cabeça longa do bíceps femoral (BFlh) após uma intervenção de 6 semanas utilizando o levantamento terra romeno (RDL- Romanian Deadlift) ou o exercício nórdico para isquiotibiais (NHE- Nordic Hamstring Exercise).
Se queremos desafiar e estimular continuamente os nossos atletas, a variedade na programação é fundamental, e este artigo contribui para apoiar a tomada de decisão relativamente à prescrição e planeamento do treino.
MÉTODOS
- Foram recrutados para o estudo um total de 32 participantes, dos quais 17 eram do sexo masculino. Todos tinham entre 18 e 25 anos e não apresentavam historial de lesão nos isquiotibiais nos últimos seis meses. Os participantes foram distribuídos