Reabilitação do LCA em fases intermédias e avançadas: Perspetivas de especialistas
Então, o teu cliente está a progredir bem: a dor e o edema estão controlados, tem um bom controlo do quadricípite, boa força e consegue correr cerca de 2 km em linha reta – e agora? Como fisioterapeutas, desempenhamos um papel crucial nos estágios intermédios e avançados da reabilitação do LCA (Ligamento Cruzado Anterior). Fazer a ponte entre a corrida sem dor e o retorno ao desporto exige uma ideia clara dos objetivos da reabilitação para desenvolver um programa direcionado. Sem essa clareza, a prescrição de exercícios pode tornar-se confusa. No seu Curso Prático, Tim McGrath descreve a reabilitação do LCA nos estágios intermédios e avançados; este blog destaca alguns pontos-chave de Tim sobre como prescrever exercícios para o retorno ao desporto e reduzir o risco de nova lesão.
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1 – Treinar a capacidade de produzir força
Trabalhar a capacidade de produzir força é uma parte essencial para ajudar as pessoas a regressarem ao desporto – isto inclui progressões de força, bem como a adição de exercícios de aceleração/desaceleração e mudança de direção. Tim McGrath utiliza exercícios com peso, como levantamento terra, agachamentos e arremesso de bola. Ele opta por movimentos rápidos em detrimento de cargas muito pesadas, com o objetivo de melhorar a taxa de desenvolvimento de força. A investigação sugere que a taxa de desenvolvimento de força do joelho afetado está reduzida aos seis meses após a reconstrução do LCA (1,2), pelo que esta questão deve ser abordada nas fases finais da reabilitação.
2 – Treinar a capacidade de absorver força
Onde há produção de força, também é necessário ter a capacidade de absorvê-la. Isto é particularmente relevante na população com lesão do LCA, uma vez que aterragens rígidas, com as pernas retas, colocam o LCA em risco de rutura (3). Absorver força com o joelho fletido é uma parte importante para minimizar o risco de nova lesão no regresso ao desporto. A absorção de força pode ser treinada isoladamente ou como parte de exercícios combinados de produção/absorção de força. Tim McGrath dá ênfase à importância de trabalhar tanto a produção como a absorção de força, tanto vertical como horizontalmente. No seu Curso Prático (ver vídeo abaixo), podes ver como Tim utiliza um salto Borzov para treinar a produção/absorção de força vertical:
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3 – Prática de retorno ao desporto
A fase final da reabilitação exige o retreino de padrões de movimento específicos do desporto (2). Os exercícios podem ser adaptados ao desporto ao incluir perturbações externas e exercícios específicos com bola. No vídeo abaixo, retirado do Curso Prático de Tim McGrath, podes ver como ele utiliza um saco de água para criar perturbações e treinar a posição ideal do pé em mudanças de direção:
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Isso pode, então, ser adaptado para exercícios mais específicos ao desporto numa fase posterior. Por exemplo, manter a posição ideal do pé enquanto dribla uma bola de basquetebol com um adversário a pressionar a bola. Tim também destaca a importância de educar os clientes para evitarem olhar para o chão durante os treinos de retorno ao desporto, simulando o ambiente de jogo e melhorando a capacidade de manter padrões de movimento ideais sem apoio visual.
4 – Considerar as barreiras à adesão
A reabilitação de uma lesão do LCA exige compromisso durante um período relativamente longo, e existem vários fatores que podem afetar a adesão da pessoa à prescrição de exercícios. Uma revisão identificou uma longa lista de fatores que podem atuar como motivadores ou barreiras à adesão (4):
- automotivação
- identidade atlética
- autoeficácia
- autoconfiança
- conversa interna positiva
- apoio social
- otimismo
- definição de metas
- stress
- medo de nova lesão
- locus de controlo
- diferenças psicológicas relacionadas com idade e sexo
- autoestima
- tolerância à dor
- alterações de humor
- estabilidade situacional
- avaliação cognitiva
- estratégias de enfrentamento
- experiências anteriores
- atitudes
Embora alguns destes fatores possam não ser influenciáveis diretamente pelo fisioterapeuta, é útil ter esta lista em mente quando perceberes que alguém não está a envolver-se em determinada fase da reabilitação. Podes desenvolver o melhor programa de retorno ao desporto, mas será inútil se o teu cliente não estiver motivado a realizá-lo!
Conclusão
A reabilitação de uma lesão do LCA pode ser um percurso longo tanto para ti quanto para o teu cliente; estabelecer objetivos claros (e comunicá-los ao cliente!) pode não apenas ajudar a justificar clinicamente a prescrição de exercícios, mas também manter o cliente motivado. A prescrição de exercícios deve ser individualizada e variar com base nos objetivos de cada cliente – prescrever exercícios com base em princípios-chave de reabilitação, como os descritos acima, não apenas melhora a capacidade do cliente de retornar às atividades anteriores, mas também minimiza o risco de nova lesão.
Se quiseres ver como um especialista reabilita lesões do LCA em fases intermédias e avançadas para preparar os clientes para o desporto, assiste ao Curso Prático completo de Tim McGrath aqui.
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