Reabilitação do LCA em fases intermédias e avançadas: Perspetivas de especialistas

5 - minutos de leitura Publicado em Joelho
Escrito por Elsie Hibbert info

Então, o teu cliente está a progredir bem: a dor e o edema estão controlados, tem um bom controlo do quadricípite, boa força e consegue correr cerca de 2 km em linha reta – e agora? Como fisioterapeutas, desempenhamos um papel crucial nos estágios intermédios e avançados da reabilitação do LCA (Ligamento Cruzado Anterior). Fazer a ponte entre a corrida sem dor e o retorno ao desporto exige uma ideia clara dos objetivos da reabilitação para desenvolver um programa direcionado. Sem essa clareza, a prescrição de exercícios pode tornar-se confusa. No seu Curso Prático, Tim McGrath descreve a reabilitação do LCA nos estágios intermédios e avançados; este blog destaca alguns pontos-chave de Tim sobre como prescrever exercícios para o retorno ao desporto e reduzir o risco de nova lesão.

Se quiseres aprender exatamente como o especialista Tim McGrath gere a reabilitação do LCA nos estágios intermédios e avançados, assiste ao seu Curso Prático completo AQUI.

 

1 – Treinar a capacidade de produzir força

Trabalhar a capacidade de produzir força é uma parte essencial para ajudar as pessoas a regressarem ao desporto – isto inclui progressões de força, bem como a adição de exercícios de aceleração/desaceleração e mudança de direção. Tim McGrath utiliza exercícios com peso, como levantamento terra, agachamentos e arremesso de bola. Ele opta por movimentos rápidos em detrimento de cargas muito pesadas, com o objetivo de melhorar a taxa de desenvolvimento de força. A investigação sugere que a taxa de desenvolvimento de força do joelho afetado está reduzida aos seis meses após a reconstrução do LCA (1,2), pelo que esta questão deve ser abordada nas fases finais da reabilitação.

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2 – Treinar a capacidade de absorver força

Onde há produção de força, também é necessário ter a capacidade de absorvê-la. Isto é particularmente relevante na população com lesão do LCA, uma vez que aterragens rígidas, com as pernas retas, colocam o LCA em risco de rutura (3). Absorver força com o joelho fletido é uma parte importante para minimizar o risco de nova lesão no regresso ao desporto. A absorção de força pode ser treinada isoladamente ou como parte de exercícios combinados de produção/absorção de força. Tim McGrath dá ênfase à importância de trabalhar tanto a produção como a absorção de força, tanto vertical como horizontalmente. No seu Curso Prático (ver vídeo abaixo), podes ver como Tim utiliza um salto Borzov para treinar a produção/absorção de força vertical:

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3 – Prática de retorno ao desporto

A fase final da reabilitação exige o retreino de padrões de movimento específicos do desporto (2). Os exercícios podem ser adaptados ao desporto ao incluir perturbações externas e exercícios específicos com bola. No vídeo abaixo, retirado do Curso Prático de Tim McGrath, podes ver como ele utiliza um saco de água para criar perturbações e treinar a posição ideal do pé em mudanças de direção:

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Isso pode, então, ser adaptado para exercícios mais específicos ao desporto numa fase posterior. Por exemplo, manter a posição ideal do pé enquanto dribla uma bola de basquetebol com um adversário a pressionar a bola. Tim também destaca a importância de educar os clientes para evitarem olhar para o chão durante os treinos de retorno ao desporto, simulando o ambiente de jogo e melhorando a capacidade de manter padrões de movimento ideais sem apoio visual.

 

4 – Considerar as barreiras à adesão

A reabilitação de uma lesão do LCA exige compromisso durante um período relativamente longo, e existem vários fatores que podem afetar a adesão da pessoa à prescrição de exercícios. Uma revisão identificou uma longa lista de fatores que podem atuar como motivadores ou barreiras à adesão (4):

  • automotivação
  • identidade atlética
  • autoeficácia
  • autoconfiança
  • conversa interna positiva
  • apoio social
  • otimismo
  • definição de metas
  • stress
  • medo de nova lesão
  • locus de controlo
  • diferenças psicológicas relacionadas com idade e sexo
  • autoestima
  • tolerância à dor
  • alterações de humor
  • estabilidade situacional
  • avaliação cognitiva
  • estratégias de enfrentamento
  • experiências anteriores
  • atitudes

Embora alguns destes fatores possam não ser influenciáveis diretamente pelo fisioterapeuta, é útil ter esta lista em mente quando perceberes que alguém não está a envolver-se em determinada fase da reabilitação. Podes desenvolver o melhor programa de retorno ao desporto, mas será inútil se o teu cliente não estiver motivado a realizá-lo!

Conclusão

A reabilitação de uma lesão do LCA pode ser um percurso longo tanto para ti quanto para o teu cliente; estabelecer objetivos claros (e comunicá-los ao cliente!) pode não apenas ajudar a justificar clinicamente a prescrição de exercícios, mas também manter o cliente motivado. A prescrição de exercícios deve ser individualizada e variar com base nos objetivos de cada cliente – prescrever exercícios com base em princípios-chave de reabilitação, como os descritos acima, não apenas melhora a capacidade do cliente de retornar às atividades anteriores, mas também minimiza o risco de nova lesão.

Se quiseres ver como um especialista reabilita lesões do LCA em fases intermédias e avançadas para preparar os clientes para o desporto, assiste ao Curso Prático completo de Tim McGrath aqui.

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